terça-feira, 29 de janeiro de 2008

"Continuamos com a cabeça bem erguida"





"No futebol, tal como na vida, as coisas nem sempre acontecem como as planeamos. Criámos expectativas, mas a verdade é que não as conseguimos concretizar. Talvez, pela segunda parte que fizemos, o resultado seja um pouco mentiroso. Podia ter sido diferente, mas todos temos consciência de que estivemos abaixo do normal durante o primeiro tempo. Não fomos felizes como noutros jogos." Claro, directo e conciso, Nilson, guarda-redes do Guimarães, analisou a derrota frente ao Benfica, sublinhando ainda: "Não fomos capazes de mostrar, desde o primeiro minuto, o futebol agressivo, as boas jogadas de envolvimento que costumam marcar as nossas exibições. Também não fomos capazes de actuar no máximo, como tem sido nosso apanágio."



Porém, o desaire frente aos encarnados não abalou a equipa vimaranense. Nilson garante que frente ao Leixões tudo "irá voltar ao normal". "Continuamos com a cabeça bem erguida. Desde a primeira jornada que temos estado nos lugares cimeiros, e as pessoas não podem duvidar da nossa capacidade só porque perdemos contra o Benfica. Somos uma equipa equilibrada. No próximo jogo, e não é por ser contra o Leixões, a nossa filosofia não mudará."



Desagradável foi a perda da invencibilidade em casa: "Foi triste, mas sabemos que o apoio dos sócios vai continuar."



"O erro do árbitro não justifica o que cometi"



"Não tenho qualquer problema em assumir os meus erros. No primeiro golo, no livre do Cardozo, ele foi muito feliz. A bola passou por cima da barreira e entrou no canto. Foi um remate de uma enorme qualidade, eu não podia fazer nada", sublinhou o guarda-redes vitoriano. Já no tocante ao terceiro tento do Benfica, Nilson não se esconde atrás do erro de João Ferreira: "O terceiro golo foi um erro meu e um erro do árbitro, sem que o erro do árbitro justifique o que eu cometi antes. O árbitro errou ao não marcar falta por o Cardozo dominar com a mão, mas antes disso o Nilson errou porque bateu mal a bola. Embora não tenha tido influência directa no resultado, não tenho dúvidas de que devia ter feito muito melhor."



O totalista vimaranense garante: "Nunca me vou esconder quando fizer algo errado. Temos de saber reconhecer os nossos erros. Não vou deixar de ser o Nilson."



"Não aceitamos bem as derrotas"



As cinco derrotas averbadas "obrigaram" Nilson a ir por 15 vezes buscar a bola dentro da baliza. Uma média de três golos por derrota que o guarda-redes tem dificuldade em explicar: "Não aceitamos bem a derrota. Quando estamos em desvantagem, vamos em busca do empate e acabamos por exagerar no jogo ofensivo. A derrota contra o Estrela foi uma coisa do outro mundo, no Bessa foi esquisita, e contra os grandes foi por números pesados. Sinceramente, são coincidências a mais, e nem sei o que dizer."



in ojogo.pt

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